enfermagem
Paulo R. Margotto
Intensivista neonatal do Hospital Materno Infantil de Brasília
A hemorragia pulmonar é definida pela presença de secreção tinta de sangue na sucção do tubo endotraqueal, acompanhado por um aumento no índice de oxigenação maior que 100% do valor imediatamente antes da ocorrência da hemorragia pulmonar.
Maciça hemorragia pulmonar no RN freqüentemente está associada à Doença da Membrana Hialina, podendo ser, freqüentemente indistingüível desta do ponto de vista radiológico. A incidência no período neonatal varia de 0.8 a 1.2/1000 nascidos vivos. A mortalidade após a hemorragia pulmonar é alta (75 –90 %), embora a hemorragia pulmonar não aumenta significativamente o risco de alterações tardias, pulmonar e disabilidades neurocomportamentais.
FISIOPATOLOGIA Pelo fato do hematócrito do sangue proveniente do pulmão acometido na hemorragia pulmonar ser mais baixo que o hematócrito do sangue ( geralmente < 10 % ) fortalece o conceito de que a maioria destas crianças tem edema pulmonar hemorrágico. Assim, imagina-se que a hemorragia pulmonar neonatal resulte de choque, hipóxia e acidose que levam a insuficiência ventricular esquerda com aumento da pressão capilar e consequentemente, edema pulmonar hemorrágica. O aumento da tensão superficial causada pela hiperinsuflação e anormalidades na matriz de suporte destes capilares, associado ao aumento da pressão a que são submetidos, tornam os capilares pulmonares pronos à rutura. Fatores que predispõem ao aumento da pressão capilar nos RN com edema hemorrágico incluem aqueles que favorecem a filtração de fluídos, como a hipoproteinemia, a excessiva transfusão e aqueles que causam lesão do tecido pulmonar, como a infecção, a Doença da Membrana Hialina, a ventilação mecânica é a excessiva administração de oxigênio.
FATORES DE RISCO Entre os principais fatores de risco associados estão a asfixia, a