Enfermagem
A doença de Addison de etiologia auto-imune é uma endocrinopatia rara e potencialmente fatal, que pode ocorrer de forma isolada ou como parte das síndromes poliglandulares auto-imunes (SPA) dos tipo I e II. Auto-anticorpos anti-cortex adrenal são considerados marcadores imunológicos sensíveis do processo auto-imune destrutivo, podendo identificar indivíduos na fase pré-clínica da doença. A enzima 21-hidroxilase (citocromo P450c21) representa o principal antígeno adrenocortical, embora outros citocromos P450 (17a-hidroxílase e colesterol desmolase) possam, também, desencadear a resposta auto-imune, principalmente na SPA do tipo I e na doença de Addison associada à falência ovariana precoce. O papel dos auto-anticorpos anti-P450c21 na patogênse da falência adrenal ainda não está bem estabelecido, assim como aquele dos anticorpos anti-receptor do ACTH.
DOENÇA DE ADDISON
A INSUFICIÊNCIA ADRENOCORTICAI. PRIMÁRIA CRÔNICA, originalmente descrita por Thomas Addison em 1855 (1), é uma endocrinopatia potencialmente fatal (2), com prevalência de 39 a 110 casos por milhão de habitantes (3-6). Resulta da destruição progressiva das células do corte x adrenal e se manifesta, predominantemente, como um quadro de insuficiência glico e mineralocorticóide (7,8) [tabela 1]. Pode ser causada por infecções fúngicas (paracoccidiodomicose, histoplasmose), bacterianas (tuberculose), virais (vírus da imimodeficiência adquirida, citomegalovírus), metástases adrenais bilaterais (carcinoma de pulmão, rim e mama), adrenoleucodistrofia ligada ao cromossomo X e processos auto-imunes (7-10) [tabela 2].
O que é?
Doença caracterizada pela produção insuficiente dos hormônios da glândula supra-renal ou adrenal (glândula situada acima do rim) que apresenta um quadro clínico bastante característico descrito por um médico inglês chamado Thomas Addison, em 1849, motivo pelo qual leva o seu nome até os dias atuais.
Pode ser provocada por várias causas, sendo as principais a doença auto-imune