Enfermagem
De acordo com o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares (DCV) são responsáveis por mais de 16 milhões de mortes ao ano no planeta. Suas projeções confirmam que esta deverá ser a causa principal de morte e incapacitação no ano de 2020. As doenças cardiovasculares constituem um grave problema de saúde pública no Brasil. Embora o número de mortes por este problema venha aumentando, a taxa de mortalidade por essa causa vem decrescendo em ambos os sexos em nosso país, especialmente nas regiões Sudeste e Sul, ou seja, o número de mortes acompanha o crescimento da população, porém numa proporção muito menor.
Dentre as doenças cardiovasculares, a insuficiência cardíaca é a principal causa de internação hospitalar, sendo duas vezes mais freqüente que as internações por AVC (Acidente Vascular-Cerebral, também chamado de “derrame”).
O conceito de que as doenças cardiovasculares são problemas de saúde predominantes no sexo masculino levou a uma subestimação da significância deste problema de saúde na população feminina. Estima-se que dentre os milhões de mortes anuais ocorridas em mulheres em todo o mundo, cerca de um terço delas resulta de DCV, sendo que dois terços ocorrem em países em desenvolvimento. Este predomínio em países em desenvolvimento deve-se provavelmente a três fatores: redução de mortes por doenças infectoparasitárias, aumento da expectativa de vida associado a mudanças no estilo de vida, e padrão socioeconômico devido à urbanização, levando a exposição a um número maior de fatores de risco, além da suscetibilidade especial de determinadas populações ligadas à predisposição genética.
Observa-se um aumento significativo na expectativa de vida desde a segunda metade do século passado. Estima-se que esse aumento seja muito mais importante nos países menos desenvolvidos.
A população idosa nos países grandes em rápida ascenção econômica, tais como Indonésia, Índia e China,