Enfermagem

O PARTO

Rezende (1982) define o parto como o estado resolutivo do ciclo gravídico-puerperal. No consenso do autor, seria o parto a expulsão do feto viável, para o mundo exterior através das vias genitais. Entendemos que o parto é vaginal espontâneo quando se desencadeia, evolui e termina sem qualquer interferência medicamentosa ou mediante manobras obstétricas. No momento do parto a gestante recorre à assistência hospitalar em busca de ajuda para a resolução do processo de gestação, e neste período, a parturiente, de um modo geral, encontra-se em grande desconforto físico e emocional. As adolescentes, quando são admitidas na maternidade, a apresentação de uma preocupação frequente com o parto e a insegurança somada ao estado emocional fragilizada. Esses fatores intensificam o medo que estas jovens sentem diante do desconhecido que estarão vivenciando no momento do trabalho de parto. Barbieri S. Tsunechiro (1983) enfatizam que as preocupações relativas ao próprio trabalho de parto, medo das “dores” decorrentes da contração uterina e mesmo o medo de morrer no momento do parto, podem ocorrer e são ainda maiores quando associadas a experiências negativas, ou mesmo por influência de informações obtidas como algo aterrorizante e sofrido. Diante de uma situação nova ou imprevista no seu desenrolar, a adolescente encontra-se quase sem defesa e, de certo modo, vulnerável. Para Maldonado (1984), o parto se constitui como momento crítica por várias razões: é sentido como uma situação de passagem de um estado a outro, cuja principal característica é a irreversibilidade, uma situação que precisa ser enfrentada de qualquer forma.
Portanto, o parto é vivenciado pela adolescente como um momento imprevisível e desconhecido, sobre o qual não se tem qualquer controle.
A gravidez na adolescência acontece inesperadamente e este fato, somado à dificuldade em assumir a gestação, associada à carência afetiva e à ausência de apoio e de suporte emocional, resulta no