Enfermagem no brasil
A organização da Enfermagem na sociedade Brasileira, compreende desde o período colonial até o final do século XIX e passou por várias etapas de desenvolvimento ao longo dos anos refletindo em cada mudança como parte do contexto da sociedade brasileira em formação. Desde o princípio da colonização foi incluída a abertura das Casas de Misericórdia, que tiveram origem em Portugal. No Brasil a profissão irá surgir com simples cuidados aos doentes, por grupos formados em sua maioria por escravos que trabalhavam a domicilio.
Durante a década de 1920, período que se caracteriza, na esfera da saúde, pela ação conjunta dos Estados brasileiro e norte-americano, através, respectivamente, do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP) e da Fundação Rockefeller. A missão norte-americana realizada por médicos brasileiros e enfermeiras na cidade do Rio de Janeiro objetivava construção dos emblemas e sinais de distinção da profissão de enfermagem.
De acordo com Hochman, naquele momento o DNSP visava “formação de profissionais em saúde pública", com a criação de escolas especializadas para médicos e enfermeiras, a fiscalização da prática profissional e a organização de serviços de estatísticas para o país. Dessa forma com a criação de escola e a delimitação do campo profissional contribuíram para de certa forma a retirada do cenário os cuidados antes prestados pela população com conhecimento empírico, sem organização e controle formais, regulamentando-se, ao mesmo tempo, a enfermagem como profissão estratégica na organização sanitária da cidade.
Segundo Labra (1985) entrada da Rockefeller no Brasil coincide com o auge da campanha nacionalista em prol do saneamento, desde 1918 patrocinada pela Liga Pró-Saneamento, e identifica a formação, no período, de uma ‘conexão sanitária internacional’ para viabilizar o projeto dos Estados Unidos de se afirmarem como líderes na exportação de higiene e saúde pública como pilares de um