Enfermagem no Brasil
Descoberto o Brasil, as primeiras tentativas de colonização incluíram, em seu programa, a abertura de Santas Casas. Incluíam elas hospitais e recolhimento para pobres e órfãos. José de Anchieta, tendo chegado ao Rio na esquadra de Diogo Flores Valdez, trazendo grande número de enfermos, tratou de recolher os mesmos para tratamento, improvisando o núcleo hospitalar que se tornou a grande Casa de Misericórdia (RJ). Plantas medicinais eram utilizadas em cirurgias, nas quais se aplicavam talas de casca de árvores, ligaduras de cipó e ventosas de chifre de boi. Anchieta mencionava a ausência de defeitos físicos entre os selvagens. Além do serviço voluntário, os religiosos usavam os serviços de escravos. Em geral, eram analfabetos; outros poucos, mais educados. À medida que chegavam as religiosas ao Brasil, iam lhes entregando os estabelecimentos de assistência (as Santas Casas). Francisca de Sande foi a primeira voluntária de enfermagem no Brasil, tendo vivido na Bahia no fim do século XVII, dedicando sua viuvez ao cuidado dos doentes.
Em 1693, aparece a primeira manifestação oficial de proteção direta à infância do Brasil. Pouco a pouco, com a vinda das Irmãs de Caridade, em 1856, diminuiu consideravelmente a mortalidade infantil. Em 1822, o Brasil tomou as primeiras medidas de proteção à Maternidade que se conhecem na legislação mundial. São elas devidas a José Bonifácio de Andrada e Silva. Referem-se à mãe escrava e dizem: “A primeira escrava, durante a prenhez e passado o 3º mês, não será obrigada a serviços violentos e aturados; no 8º mês, só será ocupada em casa; depois do parto, terá um mês de convalescença e, passado este, durante um ano não trabalhará longe da cria.”. A primeira escola oficial de enfermagem de alto padrão no Brasil, fundada por Carlos Chagas em 1923, recebeu em 1926 o nome de "Ana Néri", em homenagem à primeira enfermeira brasileira, que serviu como voluntária na Guerra do Paraguai. Ela viu seus filhos e seus