ENERGIA FOTOVOLTAICA
2.1. O efeito fotovoltaico
O efeito fotovoltaico foi descoberto pelo físico francês Edmund Bequerel, em 1839. No entanto, o primeiro dispositivo - célula solar de selênio - foi fabricada, apenas em 1941 nos Laboratórios Bell, apresentando uma eficiência em torno de 1%. Porém o primeiro impulsionador para o desenvolvimento da energia solar fotovoltaica foi a “corrida espacial”, com a utilização dos módulos fotovoltaicos no satélite Vanguard I, posto em órbita em 1958 (SOLICLIMA, 2006). No entanto, as primeiras aplicações terrestres só ocorreram no início da década de 70, estimulada pela crise energética de 1973. Porém, para tornar economicamente viável essa forma de energia, seria necessário reduzir em até 100 vezes o custo de produção das células solares em relação ao daquelas células usadas em explorações espaciais.
Em 1981, houve a inauguração da Helios Technology, primeira empresa europeia produtora de módulos fotovoltaicos (SOLICLIMA, 2006). Por volta dos anos 90, começaram a crescer as companhias dedicadas à energia solar e as alianças com empresas de outros setores, como a Siemens e as empresas petrolíferas com a British Petroleum.
O Quadro 1 apresenta os principais eventos para o desenvolvimento das células solares.
Quadro 1 - Eventos principais no desenvolvimento de células solares
1800 Descoberta do Selênio (Se) (Berzelius)
1820 Preparação do silício (Si) (Berzelius)
1840 Efeito Fotovoltaico (Becquerel)
1860 Efeito fotocondutivo no Se (Smith);
Retificador do ponto de contato (Braun);
1880 Efeito fotovoltaico no Se (Adams e Day);
Células fotovoltaicas de Se (Fritts/Uljanin);
1900 Fotosensitividade em Cu-Cu2O (Hallawachs)
1910 a 1950 Efeito fotovoltaico com barreira de potencial (Goldman e Brodsky);
Monocristal a partir do Si Fundido (Czochralski);
Retificador de Cu-Cu2O (Grondahl);
Célula fotovoltaica de Cu-Cu2O (Grondahl e Geiger);
Teoria de bandas em sólidos (Strutt/Brillouin/Kronig e P.);