Endometriose
A ENDOMETRIOSE EXTERNA causa esterilidade em 30 a 40% dos casos. Ao exame ultrassonográfico, o útero geralmente tem TAMANHO NORMAL (isto é, cerca de 90 cm3). Este exame não permite o diagnóstico de endometriose, mas apenas a suspeita. O único diagnóstico é o da visualização direta (laparoscopia). O tratamento desta doença consiste em um ou mais dos seguintes:
1. Analgésicos e anti-inflamatórios;
2. Hormônios - estes, embora de custo elevado, costumam oferecer bons resultados, permitindo inclusive a gravidez;
3. Coagulação dos focos de endometriose por laparoscopia;
4. Retirada dos focos e correção de outras lesões eventualmente associadas (aderências), por via cirúrgica convencionais, em pacientes jovens. Conservam-se o útero, os ovários e as trompas. Permite a gravidez posterior.
5. Cirurgia mais radical, para retirada do útero, ovários, trompas e focos de endometriose, apenas quando as lesões são muito extensas, idade acima dos 40 anos e família (prole) já constituída.
A ENDOMETRIOSE INTERNA (adenomiose) é a que realmente causa o aumento do útero e sintomas muito parecidos com os do mioma uterino, dos quais o principal é a dor (cólicas intensas).
Em ambos os casos, o tratamento depende dos sintomas. Se forem leves e o útero não está muito aumentado, pode-se até tentar o tratamento hormonal, mas com resultados duvidosos.
Caso o útero esteja de tamanho muito acima do normal e os sintomas sejam exagerados, com pouco ou nenhum alívio com analgésicos, o tratamento é realmente o cirúrgico, com retirada do útero ("histerectomia") e conservação dos ovários e das trompas em idades abaixo dos 40/45 anos.
Não esquecer que esta é cirurgia de rotina para a maioria dos ginecologistas: embora possam assustar, os resultados são altamente compensadores.