encefalopatia espongiforme equina
Qualquer pessoa minimamente informada em Biologia dirá, com bastante razão, que ela é sem pé nem cabeça, impossível de conciliar com o conhecimento atual. Por que essa proposta parece tão absurda? Vejamos os motivos. Para que uma "partícula" seja infecciosa, ela precisaria ser dotada de vida, já que teria de se reproduzir, para poder se espalhar pelas células que irá infectar. Por outro lado, partículas vivas, com capacidade de reprodução, por menores que sejam, têm algum tipo de ácido nucléico, DNA ou RNA, que transmite o
"padrão" genético para as partículas filhas. Outra contradição: doenças podem ser adquiridas pelo contato com um agente infeccioso, como é o caso da tuberculose, ou da hepatite; ou podem depender de genes, sendo hereditárias, como o diabete e a hemofilia. Mas nunca são as duas coisas ao mesmo tempo!
Há, no entanto uma categoria que satisfaz as contradições propostas acima: são os príons, estudados pelo cientista Stanley B. Prusiner, aparentemente responsáveis pela hoje famosa doença da vaca louca.
Esses agentes, afirma ele, nada mais são de que moléculas de proteínas, que causam doenças degenerativas do sistema nervoso central em animais e no homem, chamadas genericamente de encefalopatias espongiformes. Esse nome se deve ao fato de que são observadas no cérebro dos doentes regiões com verdadeiros "buracos", verdadeiras lacunas de tecido.
ALGUMAS DOENÇAS CAUSADAS POR PRIONS
Em animais, a mais freqüente é chamada de
"scrapie", e ocorre em ovelhas e cabras, que perdem