Encaminhando pequeninos
A revista Época da semana passada trouxe uma interessante reportagem sobre a criação de filhos. Dentre entre coisas, ela cita a psicóloga Diana Baumrind, pesquisadora da Universidade da Califórnia em Berkeley, que segundo seus estudos descobriu três tipos básicos de pais: os autoritários – que estabelecem muitas regras para os filhos mas não mantém diálogo com eles; os permissivos – pais que não impõem limites aos filhos, boa parte deles para compensar a pouca convivência que têm com eles; os competentes – pais que estabelecem limites e cobram a observância deles, mas têm habilidade para escutar as demandas dos filhos e, se for necessário, flexibilizar. O cerne desta questão é: como podemos adequadamente lidar com as nossas crianças? Estendendo esta questão para além dos limites da paternidade: como nós adultos podemos relacionar com competência com as crianças? Na palavra de hoje aprenderemos com Jesus que esta competência passa PELO ENCAMINHAMENTO DAS CRIANÇAS À UMA GENUÍNA EXPERIÊNCIA DE SUA GRAÇA.
Tres atitudes chamam a atenção logo no início do texto: iniciativa de levar as crianças a Jesus (v. 13 “então, lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse”) – o texto não explicita quem levou a Jesus estas crianças, mas evidencia desde já que não haverá encontro das crianças com Jesus sem uma iniciativa clara, concreta, objetiva dos adultos promovendo este encontro; resistência dos discípulos em permitir o contato das crianças com Jesus (v. 13 “mas os discípulos os repreendiam”) – os discípulos que estavam sendo treinados para serem canais de aproximação viveram o papel oposto de canais de separação; a indignação de Jesus diante da atitude dos discípulos (v. 14 “... Jesus, porém, vendo isto, indignou-se...”) – Jesus tem “indignação” com a postura errônea dos discípulos, uma profunda insatisfação que imediatamente se transformou numa repreensão firme e sábia, na qual Ele os