o colecionador de ossos
Já Amélia, se liga ao caso sem querer enquanto faz sua última patrulha antes de ser transferida, e é chamada para averiguar o local do primeiro crime. Contra a vontade, ela passa a trabalhar com Rhyme e envereda-se por um caminho do qual nunca sonhou em fazer parte: a investigação criminal e a mente obscura de um psicopata.
O que me chamou atenção de início, além da prosa perfeita e instigante de Deaver, é que a personalidade de Amélia vai contra a descrição da maioria das mulheres de romances policiais. Ela não possui a raiva latente de Romilda Chacón em Minos, não sente falta da ação como a durona Jane Rizzoli, de O Cirurgião, nem tem a força e a vontade de se provar perante o mundo machista da investigação como a eterna Clarice Starling de Silêncio dos Inocentes. Amélia é uma acomodada. Sente-se satisfeita com sua posição na polícia, não almeja nada mais, nem sonha subir no escalão do centro investigativo. Fica tão insatisfeita por estar na investigação de Rhyme, que o odeia por quere-la no caso e não entende o porque de ele querer isso de uma patrulheira sem um pingo de experiência na área.
O que ela não vê, nos é apresentado assim que Rhyme a escolhe. Ele enxerga nela o senso crítico e analítico para uma cena de crime que a maioria dos homens com quem trabalha já perdeu, ou nunca possuiu. Percebe a mente que trabalha, apesar de ela não dar valor à isto. E acima de tudo, instiga à ele, o fato de Amélia estar se lixando para sua fama e sua