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O modo de ação fundamental da BTX é inibir a transmissão neuromuscular através do bloqueio da liberação extracelular de Acetilcolina. A neurotoxina botulínica ao inibir a liberação da Ach na junção neuromuscular pré-sináptica ocasiona uma paralisia flácida. O mecanismo da transmissão neuromuscular ocorre quando um potencial de ação despolariza a terminação nervosa promovendo a liberação do neurotransmissor: Acetilcolina. A ACh é sintetizada no citoplasma a partir de acetil-CoA e colina através da enzima catalítica colina acetiltransferase. O neurotransmissor é transportado do citoplasma dentro de vesículas por um transportador removedor de prótons. A ACh é liberada das vesículas sinápticas após o influxo de íons cálcio, causando assim adesestabilização da vesícula após reação com proteínas de fusão associadas à membrana vesicular. Estas proteínas associadas às vesículas, como por exemplo a sinaptobrevina e as proteínas de membrana terminal associadas ao sinaptossomo - e sintaxina. As vesículas de ACh estão associadas aeste complexo de proteínas chamada que medeia a fusão das vesículas sinápticas com a membrana neuronal. Cada proteína apresenta papel específico no mecanismo de exocitose. Outra particularidade é que os diferentes sorotipos da BTX clivam o complexo SNARE em diferentes pontos. As toxinas botulínicas A e E clivam, as toxinas B, D, F e G clivam a VAMP/sinaptobrevina e o sorotipo C cliva a sintaxina e verificando desta forma que somente este último sorotipo cliva dois tipos de proteínas. Em trabalho realizado sobre a BTX A verificou-se que esta toxina age como uma protease zinco dependente com seletividade, sendo o local de clivagem próximo à região COOH terminal. De acordo com o mecanismo de ação da BTX propriamente dito se dá em quatro etapas após a injeção da BTX, que são 1-. a internalização com endocitose da toxina, 2- mudança do PH com alteração conformacional da cadeia pesada,