Antiga denominação de “farmacêutico”, foi o nome adotado por Miguel Gellert Krigsner, um químico boliviano recém-formado, para a sua farmácia de manipulação, que de início se chamava “Botica”: um projeto conjunto com a colega de faculdade Eliane Nadalin e dois médicos dermatologistas, Wilhelm Baumeier e José Schweidson Filho, que teve início no dia 22 de março de 1977 no centro histórico da cidade de Curitiba, localizada no estado do Paraná, com capital de US$ 3 mil emprestados de um tio. A idéia surgiu após um curso em Porto Alegre, onde a manipulação artesanal de medicamentos começava a ser redescoberta, dando ao paciente uma opção de tratamento personalizada, principalmente dentro da dermatologia. Mais do que uma simples farmácia, o pequeno estabelecimento deveria ser um local aprazível, onde as pessoas se sentissem bem. Em vez dos balcões repletos de remédios, a loja teria uma sala alcatifada, sofá, revistas e café para aqueles que quisessem aguardar pela preparação das receitas. m substituição aos assistentes, estariam atrás do balcão os próprios farmacêuticos e proprietários, transmitindo, assim, uma imagem de seriedade, segurança e credibilidade. Foi neste contexto que Miguel partiu, depois do aviamento de receitas, para a produção de produtos com a marca O Boticário. Com as vendas limitadas pelo próprio mercado onde atuava, o negócio foi ampliado entrando na área cosmética, com uma linha natural própria, de xampu e creme hidratante que servia a todos os tipos de pele, ambos à base de algas marinhas, oferecida aos clientes que visitavam a farmácia. Em pouco tempo, principalmente devido à propaganda boca a boca, as pessoas passaram a se deslocar até a farmácia em busca de produtos, que já eram sinônimos de qualidade. A sua primeira deo-colônia, Aqua Fresca, lançada em 1978, foi um marco da perfumaria brasileira, que ainda hoje é vendida em todas as lojas da rede. Os frascos deste perfume, aproximadamente 70.000 unidades, foram adquiridos junto ao empresário