Empresas virtuais
Prof. Edgard Lopes Passeri *
“Esperemos que Bush também entenda que a força dos EUA e seu impacto no mundo não vêm do sistema militar que ele planeja expandir. Vêm desse sistema notável de leis e instituições – um sistema que, dizem, foi planejado por gênios, de forma a poder ser comandado por idiotas”. Thomas L Friedman (Colunista do New York Times. Jornal “O Globo”, edição de 16/12/2000, Seção O Mundo, p.41)
Alguém afirmou que as empresas deixarão de ser categorizadas como empresas virtuais e não virtuais, porque, na próxima década, a empresa que não for virtual não conseguirá subsistir. Joelmir Beting[1], na sua coluna sobre economia, no jornal “O Globo” faz a mesma afirmação com outras palavras: Não haverá vida off-line sem um pé da empresa ou do negócio no mercado on-line. É assim que hoje há muitos escritos sobre o E-commerce, o E-business, o E-mailing, o E-service e demais denominações similares que caracterizam o empreeendimento virtual pautado pelo acelerado desenvolvimento tecnológico da microeletrônica. Essas mudanças de nomenclatura não seriam meras variações semânticas com impacto apenas nos sistemas de informação, mola mestra de toda empresa virtual. Elas traduziriam reais mutações dos conceitos e dos sistemas administrativos e operacionais que, tradicionalmente, organizam e dão sustentação aos sistemas de gestão.
O que seria uma empresa virtual? Ela é tão nova e revolucionária que conceituá-la é tão difícil quanto se expressar com clareza o que é movimento e mutação. William H Davidow e Michael S. Malone, no seu livro A Corporação Virtual[2], ensaiam configurá-la externamente como o ambiente no qual acontece a interface entre produtor, consumidor, fornecedor e concorrente permeável a mudanças contínuas e descrevem sua conformação interna como uma organização na qual cargos, hierarquia, responsabilidades, autoridade e até mesmo o conceito de funcionário muda à