EMPRESA VIRTUAL O conceito de algo virtual surgiu em um papel desenvolvido ao início da década de 70, e que tratava de dar uma nova visão à memória de computadores, até então restrita às suas limitações físicas. A memória virtual permitiu aos engenheiros de software uma liberdade maior e individualizada no tratamento de seus dados, porque, de repente, criou-se uma visão lógica dos espaços disponíveis, sem que as limitações físicas e reais formassem um empecilho a formulações mais complexas. Agora, a empresa virtual aparece como o modelo da corporação do século XXI, uma radical mudança dos conceitos clássicos de organização e divisão do trabalho. Como se situam neste novo ambiente os gerentes e profissionais? Serão elas, também, pessoas virtuais com salários e responsabilidades virtuais? Especular sobre isso é a nossa intenção neste artigo. Do ponto de vista da organização interna, aparece também indefinida, sem fronteiras, com cargos e responsabilidades em constante mutação. Mesmo a definição de funcionário muda, com alguns clientes e fornecedores passando mais tempo dentro da empresa do que aqueles formalmente empregados. Benjamin Coriat, da Universidade de Paris, acha que para chegarmos à uma nova forma de organização da empresa virtual será preciso fazer algo como uma engenharia reversa. Partir das necessidades reais dos clientes e As empresas virtuais são confundidas com aquelas montadas na sala de visitas ou no quarto. Embora estas possam, realmente, ser virtual, o que mais caracteriza este tipo de empresa não é a ausência de escritórios ou instalações físicas. É a capacidade de produzir produtos e serviços sob demanda, como dissemos. A Internet promete dar um grande impulso às empresas virtuais. Em determinado momento, várias pequenas empresas podem somar seus produtos e oferecer um resultado totalmente novo a um cliente que o tenha solicitado. Estas empresas podem estar, inclusive, em países diferentes. Na área de serviços, é comum