empresas que perderam capital por falta de ética
No início dos anos 2000, grave crise desenhou-se nos Estados Unidos, promovida por empresas norte-americanas de grande respeitabilidade que se haviam envolvido em fraudes nos seus balanços. Por haverem prometido lucratividade exagerada aos investidores, acreditando num desempenho espetacular e contínuo da economia americana, ao começarem a perder fôlego passaram a fraudar balanços, procurando fazer a opinião pública acreditar que suas aplicações estavam em alta. Sabendo que os resultados de seus balanços eram falsos, obtiveram de empresas de auditoria a convalidação dos resultados apresentados para manter o ânimo dos investidores, conferindo ares de verdade às fraudes.
Integravam o grupo de fraudadores empresas como a
Xerox, a Tyco, a Bristol-Meyers, a Squibb, entre outras.
A descoberta das fraudes provocou enorme escândalo, expondo a vulnerabilidade da economia norteamericana.
Investidores do país e de outras partes do mundo ficaram perplexos, não apenas pela perda de recursos, mas, também, pela crise de confiança que assolou o mundo dos negócios. O saldo foi espantoso. Em curtíssimo tempo, grandes empresas faliram e investidores perderam fortunas, enquanto várias empresas de consultoria desapareceram, como a Arthur Andersen, mundialmente conhecida.
As causas do desastre estão, em última instância, na ausência do cultivo de relações éticas, decorrente do desejo obsessivo de lucro, da obtenção e posse da maior quantidade possível de bens materiais. A própria escala de prestígio social atesta a veracidade dessa assertiva, visto que aos despossuídos de bens a sociedade reserva indiferença, quando não o brinda com desprezo e agressividade.
A ética empresarial permeia, ou deveria permear, empresas e organizações em geral, valorizando a conduta ética de seus integrantes, os valores da organização, sendo que estes devem constituir parte de sua cultura. Se um dos objetivos da ética é apontar rumos,