Emprego ou excesso de habilitações
São cada vez mais os jovens que se confrontam com a conclusão do 1º Ciclo e a dúvida quanto à entrada em Mestrado ou ao opção pela tentativa, ainda que muito difícil, no mercado de trabalho. Há quem considere que a entrada dos estudantes no 2º Ciclo é, na sua maioria, um adiamento repleto de desesperança na entrada imediata no mercado de trabalho. No entanto, outros iniciam, alegremente, uma nova fase na longa vida de estudante.
Porém é importante não esquecer os estudantes que terminam a licenciatura e tentam, a todo o custo, encontrar o primeiro emprego que, deixou de ser, há muito tempo, um emprego para a vida inteira. A grande dificuldade de um recém-licenciado, aliada à dificuldade de encontrar o primeiro emprego, reside em encontrar os raros estágios remunerados. Na conjuntura actual confrontamo-nos com o raro número de empresas ou instituições que decidem e tomam a iniciativa de dar a primeira oportunidade de emprego a um recém-licenciado, sem experiência profissional. Porém, quando olhamos para as exigências do mercado de trabalho, confrontamo-nos com uma situação contraproducente que prejudica, constantemente, os jovens, uma vez que a exigência de já deter experiência profissional é, hoje em dia, quase que obrigatória (estágio, cartas de recomendação, etc) porém, é sempre necessário que alguma empresa ou instituição empregadora dê esse primeiro passo. Assim sendo, para ter essa primeira experiência, é necessário que alguém a faculte, o que, como sabemos, hoje em dia não está, obviamente, facilitado.
Há quem já fale ou aconselhe a emigração aos mais novos, devido ao estado político, económico e social em que o país se encontra. Não é por acaso que a cada dia que passa abrimos as páginas dos jornais e deparamo-nos com notícias que relatam realidades de um país decadente. A fatídica crise (que já não se sabe se existe ou é somente um estado já de natureza que já nasceu com os portugueses); o crescente número de