empreendedorismo
Uma das fontes de referência na formação de empreendedores, a Babson College, tem citado a necessidade da visão e abordagem holística como aspecto relevante na ação empreendedora. Esta questão, assim posta, apresenta algo como se fosse uma camada a mais em relação à abordagem mais comum e tradicional, que trata o empreendedorismo como uma questão focada. Segundo Cohen (1), sobre referência ao holismo na Babson College:
“É comum ouvir o quanto é importante ser holístico (isto quer dizer enxergar as partes em função do todo). Normalmente, holismo é papo de esotéricos, médicos alternativos e profissionais de RH. Mas, em Babson, é assunto para empresários”.
Esta indicação da necessidade de ser holístico, pode remeter as análises para um plano mais abrangente e mais complexo. Assim, o sentido da atividade empreendedora pode ser expandido e ser entendido como uma questão básica da própria sobrevivência humana.
Partindo de uma dos aspectos fundamentais do empreendedorismo, que será abordado na seqüência, que diz respeito a perseguir oportunidades mesmo não tendo o controle dos recursos, podemos analisar que este é o movimento pela própria vida. Viver é buscar oportunidades, a partir de uma visão que vai sendo construída, mesmo sem ter o controle dos recursos necessários, aí incluindo o próprio tempo.
Mas não vamos aprofundar a análise desta abordagem holística, ela pode ser usada apenas como pano de fundo para entender que potencialmente, numa visão abrangente, o ser humano tende ao empreendedorismo, podendo dizer que, em última análise a vida é um empreendimento.
Esta análise, mesmo que superficial, pode nos remeter para uma nova discussão: se somos potencialmente empreendedores, por que uns são mais empreendedores que os outros ? A análise desta questão passa pelo entendimento da influência da sociedade, das culturas, ou se fôssemos sintetizar segundo Berger & Luckmann (5), da socialização primária dos indivíduos. O item