Empreendedor no mercado de trabalho
Ninguém questiona a vocação empreendedora do Brasil. Afinal, são aproximadamente 15 milhões de brasileiros se aventurando no mercado com o próprio negócio (atrás apenas de Índia, com 76 milhões, e Estados Unidos, com 20 milhões), segundo estudo realizado pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade com apoio do SEBRAE, acerca do empreendedorismo no nosso país.
A pesquisa é parte de um painel global que mede o grau de empreendedorismo em diversas partes do mundo. Mais de 40 países participam do estudo.
No ambiente interno, o Brasil melhorou em diversos aspectos, como, por exemplo, a relação entre empreendedores por oportunidade (empresários com visão de negócio) e empreendedores por necessidade (pessoas que exercem a atividade para a subsistência, por falta de outras oportunidades).
Nosso país tem hoje mais pessoas determinadas a empreender por vontade e vocação do que por falta de outras chances na vida numa proporção de dois para um (há poucos anos era o contrário).
Há, no entanto, que destacar alguns fatores negativos sobre o empreendedorismo tupiniquim, como o baixo grau de absorção de novas tecnologias por parte do empresariado nacional.
Menos de 2% das empresas abordadas declarou utilizar em seu negócio alguma tecnologia estabelecida há menos de dois anos. Só para se ter uma ideia, no Chile, esta mesma pergunta foi respondida de forma positiva por 30% dos entrevistados.
E numa época em que até as crises são globais, não dá para justificar as pífias taxas apresentadas pelo Brasil só pela dificuldade de acesso a essas novas tecnologias. Há também fatores ligados à educação. O Brasil é, por sinal, também, um dos países em que educação e empreendedorismo menos se encontram.
Muitos empresários não chegaram a completar nem o segundo grau (especialmente entre os micros e pequenos empreendedores) e não sabem os benefícios que informação e conhecimento podem proporcionar à gestão do seu negócio.
Outro dado que