Empirismo e racionalismo na psicologia
A psicologia emergiu de duas tradições: da filosofia e das ciências naturais. Os filósofos sempre estiveram interessados em compreender o comportamento humano. Já a ciência desenvolvia experimentos para explicar as reações humanas. Inicialmente a psicologia procurou conciliar essas duas abordagens. Com o tempo, alcançou identidade própria.
Das influencias que a Psicologia teve vamos citar, neste trabalho, duas correntes da Filosofia Moderna que surgem a partir do Renascimento: o Racionalismo e o Empirismo, bem como as escolas Psicológicas que as tiveram como pressupostos.
Racionalismo
O Racionalismo consiste em acreditar nas idéias inatas e no raciocínio lógico através da razão. A filosofia constitui-se pelo reconhecimento da razão como a faculdade do conhecimento das coisas e do domínio de si.
O racionalismo muda de aspeto conforme se opõe a cada filosofia. Opõe-se ao pensamento arcaico pelo seu estilo, já que está atento à ideia e visa uma coerência inteligível. Opõe-se ao empirismo, tornando-se metódico, armando-se com a lógica e a matemática.
Toda a doutrina da razão se apóia em dois pilares: a experiência que nos é dada pelos sentidos é insuficiente para se poder atingir o conhecimento; o pensamento através da razão é capaz de atingir a verdade absoluta, pois as suas leis são também as leis que regem os objetos do conhecimento, tal como Hegel descrevia: "Tudo o que é racional é real e tudo o que é real é racional".
O racionalismo surgiu com os Eleatas e teve um papel central no platonismo, com a Teoria das Ideias de Platão, que distinguia o mundo inteligível do mundo sensível. Desenvolveu-se no século XVII, segundo o qual o paradigma do conhecimento era a intuição intelectual que Deus tem das coisas, e da qual os seres humanos experienciam através da matemática.
Descartes é o criador e impulsionador do Racionalismo moderno. Ele preocupa-se com a investigação prévia do conhecimento. A dúvida