Empirismo (John Locke)
Conhecimento é a concordância entre a imagem e o sujeito. Há conhecimento quando há uma concordância entre os elementos cognitivos do sujeito e as propriedades do objecto, seja ele material ou ideal.
No acto de conhecimento o sujeito transcende-se a si próprio para ir ao encontro do objecto, este, por seu turno, embora na sua passividade ou imutabilidade, as suas qualidades ou propriedades transcendem-lhe para ir ao encontro do sujeito, ou seja, deixar-se conhecer ou apreender pelo sujeito, numa relação triádica.
2.1. O mito e a racionalidade
O mito é a verdade apresentada de modo simbólico ou fabuloso. Primitivamente, é o conjunto das lendas sobre deuses que diziam respeito às interrogações de ordem cosmológica e cosmogónica.
Racionalidade é a faculdade de relacionar as ideias, com coerência, consciente e deliberadamente, num processo que iniciamos com dados recebidos ou premissas e que nos encaminha para conclusões legítimas.
2.2. Conceito e realidade
Nós conhecemos as coisas através dos seus conceitos. Os conceitos referem-se, por um lado, à essência do objecto de pensamento, e por outro, ao pensamento verdadeiro dessa mesma essência. Nós exprimimos ou exteriorizamos os conceitos através das palavras que são o objecto imediato daquilo que é verdadeiro.
Realidade é a capacidade de se fazer valer ou impor, é aquilo que é dotado de uma certa actividade ou ficção e, portanto de uma certa actualidade, por oposição ao meramente possível. Portanto, só podemos usar este termo tratando de uma coisa sensível ou factual.
2.3. O problema da origem do conhecimento
Como surge o conhecimento? Será que nasce da experiência ou é um simples produto da razão?
O problema da origem do conhecimento está directamente ligado ao empirismo, racionalismo e intelectualismo. As correntes empirista e racionalista foram as que mais se destacaram no estudo da origem do conhecimento humano.
De acordo com o empirismo, todo o conhecimento provém da