O Empirismo De John Locke
A investigação do homem em torno do conhecimento é algo que acompanha toda a história da filosofia. No decorrer da história várias teorias, vários sistemas foram apresentados a fim de dar respostas a tão complexo problema.
Este trabalho visa a apresentar a concepção do filósofo empirista John Locke em torno desta problemática, e uma breve análise do seu pensamento.
LOCKE E O CONHECIMENTO
John Locke, em seu Ensaio Acerca do Entendimento, defende a impossibilidade de princípios inatos na mente. Para ele, a teoria do inatismo é insustentável por contradizer a experiência, ou seja, se houvesse idéias inatas todas as pessoas, inclusive as crianças e os idiotas gozariam delas. Locke diz ainda que os argumentos que fundamentam a teoria do inatismo não têm valor de prova, por exemplo, o fato de haver certos princípios, tanto teóricos como práticos, universalizados não servem como prova para o inatismo porque os mesmos também só podem ser adquiridos mediante a experiência e alguns dos princípios considerados como universais não o são devido ao fato de boa parte da humanidade ignorá-los.
Locke deixa bem claro que as capacidades são inatas, mas o conhecimento é adquirido. Pelo uso da razão somos capazes de alcançar certos conhecimentos e com eles concordar, e não de descobrir. Locke diz que “…se os homens têm verdades inatas impressas originalmente, e antes do uso da razão, permanecendo delas ignorantes até atingirem o uso da razão, consiste em afirmar que os homens, ao mesmo tempo, as conhecem e não as conhecem”.
Para Locke, o conhecimento segue os seguintes passos: Os sentidos tratam com idéias particulares ? a mente se familiariza ? deposita na memória e dá nomes ? a mente vai abstraindo, apreendendo gradualmente o uso dos nomes gerais. Ele aprofunda esta explicação mais adiante.
No segundo livro do seu Ensaio Acerca do Entendimento, Locke descreve as fases do processo cognitivo; no momento do nascimento a alma é uma