emoção
A possibilidade de se aprofundar o conteúdo de Física na formação, relacionando-o interdisciplinarmente a conteúdos pedagógicos e aos resultados da pesquisa em ensino de
Física para gerar as metodologias de ensino, tem sido perdida. Sem desvalorizar o conhecimento do conteúdo científico, Graeber et al. (2001) enfatizam o fato de que este não seja suficiente para a formação do professor e que a atividade docente está longe de ser inferior, vocacional ou improvisada. Ao contrário daqueles que consideram a discussão dos aspectos metodológicos ameaçadora para o ensino, temendo o esvaziamento do conteúdo científico, a ideia defendida aqui é a de que não há como discutir metodologias de ensino e aprendizagem sem a devida articulação com o conteúdo científico, e que por isso mesmo esse tipo de discussão incrementa o conhecimento disciplinar do professor.
A própria legislação referente à formação de professores da educação básica (BRASIL,
2002), ao estabelecer o perfil do professor de Física a ser formado, aponta para a falta de identidade e de integração entre o conhecimento do objeto do ensino e a transposição didática, o que constituiria em um distanciamento entre os cursos de formação e o exercício da profissão de professor no ensino médio. Erroneamente, a atividade docente é encarada como vocacional, que permitiria grande dose de improviso e autoformulação do "jeito de dar aula". Uma primeira ruptura