Emergência psiquiátrica

INTRODUÇÃO

Consideramos emergências psiquiátricas as situações em que um indivíduo se apresenta sem condições de controlar seu comportamento, ou quando conflitos internos provocam temor, ansiedade, insegurança ou outros sentimentos, em grau intolerável. Naturalmente, os casos psiquiátricos considerados emergências diferem muito entre si e cada um merece um tipo especial de cuidado.
Entre as primeiras coisas que se devem avaliar está a capacidade que o paciente apresenta de se controlar e se comunicar. Naqueles muitos agitados, é necessário, frequentemente, que se determine alguma forma de contenção ou sedação imediata, ao mesmo tempo que se deve falar ao enfermo que estas medidas estão sendo tomadas por ele se apresentar, no momento sem possível esforço que esteja fazendo para se controlar.
O envolvimento das pessoas íntimas é quase tão grande, igual ou superior ao do próprio paciente, e desde o momento em que o médico intervém, seu envolvimento pode tornar-se intenso a ponto de sofrer também grandes emoções. Não há como prever quem cometerá suicídio, mas é possível avaliar o risco individual que cada paciente apresenta, tendo em vista a investigação detalhada e empática da entrevista clínica. Impedir que o paciente venha a se matar é regra preliminar e fundamental.

2 EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS

Caracteriza-se emergência psiquiátrica qualquer alteração de pensamento ou do comportamento que necessite de atendimento imediato, devido a risco para o paciente ou para outros. Os casos potenciais de desenvolverem tais quadros também devem ser avaliados com cuidado. A prioridade do atendimento é descobrir a causa básica e tratá-la, além de conter a atitude ameaçadora.
Sob a Lei nº 10.216, de 06 de Abril de 2001, parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:
I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;
II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse