EMBRIOLOGIA
Luiz Carlos Viana
Madalena Martins
Selmo Geber
Introdução
Os órgãos genitais masculinos e femininos possuem a mesma origem e tornam-se distintos durante a sua diferenciação.
A primeira etapa desse processo ocorre no momento da fecundação, com a determinação do sexo genético. A partir daí, a diferenciação vai depender da presença de determinados genes, que, por sua vez, determinam a produção de substâncias que irão induzir a evolução ou involução das estruturas.
Basicamente, a diferenciação da genitália para o sexo feminino se faz de um modo passivo, pela ausência de androgênios; ao contrário, a diferenciação da genitália masculina depende da presença e da ação completa dos androgênios.
Formação das Gônadas
Na quinta semana de embriogênese, as gônadas são indiferenciadas e resultam da proliferação do epitélio celômico e da condensação do mesênquima subjacente, as pregas gonadais. As células germinativas, que são as precursoras das espermatogônias e oócitos, e indispensáveis para a formação das pregas gonadais, surgem no 15º dia, sendo derivadas do ectoderma primitivo e identificadas no endoderma do saco de Yolk (saco vitelino), migrando ativamente do alantóide para as eminências gonadais até a quarta semana. Durante a migração, elas iniciam o processo de multiplicação, e na sexta semana já são 10.000. As pregas gonadais são também o único local onde as células germinativas podem sobreviver. As células somáticas são derivadas do epitélio celômico.
Esse estado indiferenciado dura cerca de 10 dias, e começa então a diferenciação em testículo ou ovário.
Diferenciação Testicular
Ocorre entre a sexta e a oitava semana e é determinada pela presença do fator determinante testicular (TDF), que é produzido por um gene presente no cromossomo Y; na ausência desse gene, a diferenciação da gônada se faz para o ovário. Esse gene está presente em uma região chamada de SRY no cromossomo Y. Se ocorrer uma translocação,