Embargo A Cuba
Cúpula das Américas e o fim do boicote à ilha
O embargo comercial à Cuba de Fidel Castro e Raúl Castro já dura quase meio século.
Símbolo da Guerra Fria, o bloqueio perdeu a razão de existir com o fim da URSS
(União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), mas sua suspensão não será tão simples assim. Contudo, os primeiros passos foram dados com a recente eleição de Barack
Obama.
Durante a campanha, Obama prometeu uma política de reaproximação e, no último dia 13 de abril, anunciou o fim das restrições de viagens e a remessa de dinheiro
(antes, as viagens eram limitadas a apenas uma ao ano e os depósitos, a US$ 1,2 mil anual por pessoa [R$ 2,6 mil]). As medidas beneficiam 1,5 milhão de exilados que possuem familiares na ilha.
Cúpula das Américas e Revolução cubana
O assunto, entretanto, foi uma das principais causas de divergência na 5ª Cúpula das
Américas, encerrada no último dia 19 de abril em Port of Spain, capital de Trinidad e
Tobago. O encontro reuniu 34 países americanos, com exceção de Cuba.
As nações participantes da reunião reivindicavam, além do fim do boicote, a reinclusão de Cuba na OEA (Organização dos Estados Americanos).
Quais são as dificuldades para vencer esse desafio? Que fatos motivaram o fim das relações entre Washington e Havana, que permanece por quase 50 anos, e faz vigorar um verdadeiro entulho do século 20?
Antes de Fidel Castro, Che Guevara e o Exército Rebelde entrarem vitoriosos na capital cubana, o país era uma espécie de "Las Vegas caribenha". Máfias americanas exploravam cassinos, bordéis e o turismo local. O país era governado há 25 anos pelo ditador Fulgencio Batista, aliado dos Estados Unidos.
A Revolução Cubana fez da ilha a mais antiga experiência de regime socialista no mundo, a despeito da queda da URSS e da abertura da China. O que pouca gente sabe é que, após assumir o poder em 1º de janeiro de 1959, Fidel defendeu a democratização, incluindo eleições gerais em Cuba.
Meses depois, com a nacionalização de