embalagem
EMBALAGEM LOGÍSTICA E MEIO AMBIENTE
O impacto ambiental da embalagem ocorre em sua produção, uso e descarte, ou seja em seu “ciclo de vida” (que não é um ciclo, pois não há uma volta ao estado de origem, mas o termo é usual, quando tanto se fala em “análise de ciclo de vida”).
No início, existe o problema de escolha do material, escolha que já determina um impacto ambiental.
Essa escolha define um processo, com seu consumo de
energia e outros insumos, sua poluição e sua logística. O material pode ter origem em recurso não renovável, como o plástico derivado do petróleo, ou ter origem em recurso renovável, como a madeira e a celulose, ou ter origem em recurso abundante, como a areia para produzir vidro.
Então, este seria um primeiro critério de análise de impacto ambiental. O uso de recursos renováveis é sempre desejável. Quando se trata de embalagens de madeira, ou celulósicas, surge a discussão: madeiras de reflorestamento ou de florestas naturais? Não há problema ecológico algum na exploração de florestas naturais, se essa exploração for bem administrada. O problema é logístico: a floresta natural é heterogênea, o que exige uma seleção de árvores que nem sempre estão muito acessíveis e podem estar muito dispersas, não sendo admissível a destruição de áreas da floresta para a retirada de uma ou outra árvore, como nos processos tradicionais de exploração. Há estudos que sugerem o uso de aeróstatos para a retirada de troncos da floresta, já tratados, desgalhados e secos in loco, com mínima interferência no entorno. A retirada de árvores não prejudica a floresta se forem árvores maduras, no fim da vida. Ao contrário, se a árvore for deixada até apodrecer, estará devolvendo à atmosfera todo o carbono que seqüestrou. Mas há razões diversas para se preferir madeiras de florestas plantadas. Razões logísticas, pois em geral estão mais próximas dos centros de consumo, e de facilidade de processamento pela homogeneidade. A
homogeneidade