Emancipação da Independencia do Brasil
As divergências – Para compreender o processo de independência precisamos partir do projeto recolonizador das Cortes, pois foi por causa dele que se definiram vários grupos. O "partido português" era inteiramente a favor. O "partido brasileiro" e os liberais radicais eram contra, mas divergiam quanto aos objetivos a serem atingidos.
Para o "partido brasileiro" o ideal era a criação de uma monarquia dual, para preservar a autonomia administrativa e a liberdade de comércio. A intransigência das Cortes fez, no entanto, esse partido inclinar-se pela emancipação, mas sem alterar a ordem social e os seus privilégios.
Os liberais radicais formavam um agrupamento potencialmente revolucionário e estavam mais próximos das camadas populares urbanas. Alguns deles eram republicanos e, em seu conjunto, eram o grupo mais receptivo às mudanças mais profundas e democráticas da sociedade.
Formação da liderança emancipacionista – A concretização das aspirações de cada um desses agrupamentos políticos não tinha as mesmas chances históricas. Os grandes proprietários rurais ligados ao "partido brasileiro" eram os que dispunham dos meios efetivos para a realização de seus objetivos de classe.
Em primeiro lugar, porque a ânsia por um comércio livre de entraves mercantilistas encontrou apoio em forças internacionais, lideradas pela burguesia britânica. A sólida base econômica e social escravista garantia, em segundo lugar, os recursos materiais para resistir com êxito à provável ameaça recolonizadora de Lisboa.
A Regência de D. Pedro e a