em busca do eu

Acontece que eu não sei lidar com despedidas, deveria ser apenas adeus e cada um carrega sua auto estima de volta pro ponto de partida. Quem foi que inventou isso de pessoas partirem? Pior, quem permitiu que os sentimentos ficassem? Vai embora? Ótimo, mas devolve meu coração, meu amor próprio, minha alegria e meu sorriso, pega os seus de volta também, porque não quero que sofra. Mas não funciona assim, você ama pra sempre e acaba em um dia de sol quente enquanto todos os seus amigos estão dormindo, aí você tenta segurar todas as lágrimas do mundo em um coração que têm o tamanho de uma mão fechada. Não é drama, é a realidade. Quem nunca sofreu por amor? Quem nunca fez planos antes de dormir sem a outra pessoa nem sonhar que você o quer? Seria mais fácil se em todas as despedidas tivesse um acordo. Eu vou lembrar de você até você lembrar de mim e quando acabar, pronto, vamos nos ver na rua e nos cumprimentar, não deveria existir aperto no coração, saudade ou lembranças. Não deveria existir, porque todos os dias, mesmo sabendo que acabou e que nunca vai acontecer, ainda dá aquele gostinho de “e se”, por acaso, a gente se esbarra em uma esquina qualquer ou vai no mesmo barzinho ou melhor ainda, senta na poltrona do lado de um cinema vazio de um filme romântico? Porque é isso que a gente pensa, que a história da gente é filme bonito de ser visto, é filme de final feliz, quando na verdade, na maioria das cenas, é você chorando, sem acordo nenhum e sem ter direito ao seu coração de volta, apenas aqueles machucados que você sabe que tempo nenhum apaga totalmente sem deixar marcas. Mas deixa, vai ver sou eu que não sei lidar com despedidas mesmo.
Eu preciso de você e é ridículo dizer isso ou simplesmente aceitar, porque você não precisa de mim, nunca precisou, sempre sou eu a estar carente, estar precisando de você ou te procurar. Talvez eu ame por nós dois, talvez um dia eu aprenda com você a como ignorar, como fingir que não quer, quem sabe você sente falta? Porque eu