Em busca da felicidade

Curso: Técnico de Contabilidade 2
Data: 09 de Setembro de 2014
UFCD: Literatura do Nosso Tempo

Formanda: Ana Peliano
Formadora: Ana Catarina Santos
Numa das muitas noites de insônias, penso que tenho saudades de ser criança, de sonhar sem medo, sonhar sem que as consequências das dores já vividas interfiram e me tirem a vontade de sonhar. Tenho saudades das brincadeiras mais tolas que tive, tendo sido as mais genuínas. Saudade de viver o momento sem que o passado interfira, fazendo-me pensar no futuro. Dar me sem ter medo.
Em que as consequências dos meus atos eram mínimas, em que a ingenuidade me fazia feliz. Punha nos meus olhos um brilho capaz de iluminar a noite. Dava a minha alma força pra ultrapassar todos os obstáculos.
Tenho saudades do que fui, se calhar por não saber o que vou ser, porque hoje sou uma alma confusa, cansada, com vontade de sonhar mas com consciência suficiente para ter medo de o fazer. Ser humano sim, sou um ser humano estúpido e demasiado racional. Se pensar dói, porque penso?! Porque não vivo ao sabor do vento, livre como um pássaro?
A sociedade não deixa e o meu lado que pertence a essa mesma sociedade coabita com as suas regras e formas de ver e viver a vida.
Com isto fico entre o meu eu sonhador e romântico e o meu eu racional e social.
Que confusão... Porque complico tanto assim?!
Lá está porque penso.

Mas se deixarmos viver a criança que existe em cada um de nós, todas estas complicações se resumem a nada. Nós temos tantos medos, que não vivemos os sonhos, nem lutamos pela felicidade. Mesmo quando a nossa criança apela por ser ouvida. Pois essa criança não sente medos, não tem maldade e é rica em sonhos.
Não podemos permitir que a sociedade nos torne no que ela quer, quando quem faz a sociedade somos nós, onde ela tem de ser os nossos olhos e não o contrario. Para que isso aconteça temos de pensar sim, temos de ter capacidade de dar valor às pequenas coisas da vida, largar o consumo desmedido