em busca da felicidade
As reformas religiosas do século XVI
O contexto anterior à reforma protestante
A Europa ainda se recuperava da crise do feudalismo. A Igreja, enquanto uma poderosa senhora feudal na Europa, perdia poder com a crise. E o desenvolvimento dos Estados modernos representava, em algumas situações, um desafio ao seu poder de influência política. O catolicismo era a Igreja dominante na Europa ocidental. Mas a Igreja católica sofria críticas em relação a sua conduta, com sérios problemas entre os seus quadros eclesiásticos. A Igreja era acusada de se afastar dos princípios do cristianismo primitivo ou dos ensinamentos de Jesus. O poder e a riqueza teriam corrompido a Igreja.
A Igreja luterana
Martinho Lutero, monge agostiniano, era crítico de várias práticas da Igreja, especialmente a venda de indulgências, que era a venda do perdão dos pecados.
Em 1517, Lutero elaborou as 95 teses, em resposta à bula papal de Leão X. Nessas teses, Lutero condenava a venda de indulgências, e defendia a salvação pela fé e a livre interpretação da bíblia. Lutero foi excomungado (expulso da Igreja) por Leão X. A intenção de Lutero era reformar a Igreja católica e não criar uma nova. Mas a força das circunstâncias o levou a constituir uma nova Igreja.
As idéias de Lutero tiveram precursores, tais John Wycliffe e Jan Huss. Eles foram executados. Por que Lutero conseguiu fundar uma nova igreja? Lutero tinha apoio dos príncipes alemães, que já não queriam mais a interferência do papa e nem pagar dízimos para Roma. E também estavam interessados nas terras da Igreja. As idéias de Lutero também se espalharam entre os camponeses pobres. Thomas Münzer liderou o movimento Anabatista, que pregava a partilha de bens e terras em benefício aos mais pobres. O movimento foi duramente reprimido, pois ia contra os interesses da nobreza alemã. Cerca 100 mil camponeses foram mortos. Münzer foi executado. A