Em breve
“Futuro Passado”. A referente resenha que se pretende escrever trata-se de uma reflexão teórica acerca do surgimento do conceito moderno de “história”, na opinião de Koselleck, a mais importante de todas as inovações conceituais da modernidade.
Para fundamentar tal hipótese, o autor demonstra, por exemplo, o significado que a
“história” possuía no século XVI, época da pintura da Batalha de Alexandre, de
Albrecht Aldorfer. Percebe que naquela época o termo “história” – em alemão
Historie – poderia significar tanto uma imagem como uma “narrativa” – em alemão
Geschichte.
Koselleck no decorrer da sua fala no ensaio ele vai ressaltar a questão das mudanças que ocorrem na construção da historia das idéias, a importância de um historiador, assim como o termo revolução é interpretado ou explicado por diversos autores, pensadores, etc. O conceito da “revolução”, na época de Aristóteles, significava, grosso modo, um movimento cíclico ou um retorno. Porém os acontecimentos incontroláveis de 1789 na França alterariam o entendimento do termo. A partir de então passou a representar todas as revoluções, mas tendo como base a Revolução Francesa. Para o autor o termo evoluiu para a forma de um
“coletivo singular”.
Esta transformação conceitual estaria intimamente ligada com a dissolução da clássica expressão Historia Magistra Vitae, cunhada por Cícero. Segundo o historiador, por cerca de 2 mil anos este topos permaneceu ileso. A história era antes de tudo uma escola da vida, um arsenal de experiências pedagógicas.
Portanto até o século XVIII esta expressão ainda era um indício inquestionável da vida humana, “cujas histórias são instrumentos recorrentes apropriados para comprovar doutrinas morais, teológicas, jurídicas ou políticas” (p.45). Para Koselleck foi uma frase de Tocqueville a responsável por inaugurar um suposto “novo tempo”:
“Desde que o passado