Em boa companhia
Em busca da verdade - e com ajuda da amiga Marina -, Pedro revira a intimidade do tio, resgata momentos decisivos que viveu com a mãe e descobre segredos que vão influenciar toda a sua vida.
A distância das coisas, com narrativa em primeira pessoa, por Pedro, um garoto sonhador, de catorze anos. Seu mundo desmorona quando recebe a notícia que sua mãe não sobreviveu á um acidente de carro, voltando de Petrópolis. Seu nome "era" Sofia, professora e escrita. Não chegou a publicar seu livro, O Mergulhador, porque não teve tempo.
Já o pai de Pedro, pouco se fala sobre ele. Apenas diz que morreu da mesma forma trágica que a mãe, os dois de acidente de carro, os dois sozinhos, dirigindo os carros deles. Pedro não se lembra dele, apesar de querer muito, mas o ama da mesma forma que amaria se tivesse convivido com o pai.
Quando é impedido pelo tio (irmão de sua mãe) de ir ao enterro e de visitar o túmulo da mãe, Pedro percebe que há uma coisa muito errada. Em sua cabeça, ele encontrar três fatos e explicações para isso.
Fato número um: logo depois da morte de sua mãe, quando se encontrou com alguns dos seus parentes distantes, não viu ninguém vestido de preto. E no meio da conversa, deles ás vezes abaixavam a voz ou se viravam de lado, como se quisessem esconder alguma coisa.
Fato número dois: ninguém nunca veio lhe dar os pêsames. Como seu tio havia lhe dito, era assim mesmo, não queriam lhe incomodar, achavam melhor não tocar no assunto.
Fato número três (já mencionado): seu tio nunca lhe deixava visitar o túmulo da mãe, nem lhe dizia qual cemitério ela estava.
Parece que esses fatos não são suficientes, mas a verdade é que