Eli falanque
1.1 Conceitos
Já é sabido e, mesmo, consabido que o ser humano sofre compulsão natural, inetulável necessidade de se agrupar em sociedade, razão que é denominado ens sociale. Cônscio de suas limitações congrega-se em sociedade para perseguir e concretizar seus objetivos; assim, o ser humano é social natura sua, em decorrência de sua natureza. O objetivo da comunicação é o entendimento; como disse alguém, a história é uma constante busca de entendimento. O homem é um ser essencialmente político, a comunicação só pode ser um ato político, uma prática social básica. Nesta prática social é que se assentam as raízes do Direito, conjunto de normas reguladoras da vida social.
1.1.1 Linguagem Corporal
Sabe-se que os olhos mereceram especial atenção de Machado de Assis, pois lhe retratavam a natureza íntima – boa ou má – das pessoas. Em Dom Casmurro, olhos dorminhocos (Tio Cosme); olhos curiosos (Justina); olhos refletidos (Escobar); olhos quentes e intimativos (Sancha); olhos policiais (Escobar); olhos oblíquos e de ressaca (Capitu). Pela mímica pode-se conhecer o testemunho de surdos-mudos como ocorreu em Mogi das Cruzes (Folha de S. Paulo, 30-4-93). A falsidade de um depoimento pode revelar-se até mesmo pela transpiração, pela palides ou simples movimento palpebral. O olho voltado para cima com a cabeça levemente inclinada, principalmente quando os olhos ficam descobertos pelos óculos posicionados quase na ponta do nariz, em geral revela um espírito inquisitivo e perspicaz.
1.1.2 Linguagem do Vestuário
Os postulantes aos cargos públicos, em Roma, vestiam-se de túnicas brancas, indício da pureza de suas intenções e, por isso, chamavam-se candidatos (de candidus-a-um).
A toga, como qualquer peça do vestuário, é uma informação indicial da função exercida pelo juiz e a cor negra sinaliza a seriedade e compostura que devem caracterizá-lo. Não se misturam trajes como não se usurpam