Eletrorecuperação do ouro
Eletrorrecuperação do Ouro
A eletrorrecuperação do ouro é um processo conhecido desde o final do século XIX, entretanto devido ao uso incorreto de células para tratamento de soluções diluídas e aos bons resultados obtidos com o processo Merrill-Crowe1, a utilização do processo eletrolítico para a recuperação do ouro presente em soluções provenientes de lixiviação foi retardada.
No início da década de 50 uma célula eletrolítica adequada ao tratamento de soluções diluídas foi desenvolvida, e com o surgimento da tecnologia de tratamento dos licores oriundos da lixiviação por adsorção/desorção em carvão ativado, o processo de eletrorrecuperação finalmente se difundiu, e hoje é amplamente utilizado, devido à sua maior seletividade, que facilita os processos seguintes de refino, e também devido ao fato de não haver necessidade do uso de reagentes químicos.
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Figura 1 Célula de Zadra para recuperação do ouro.
A célula eletrolítica foi desenvolvida por Zadra, nessa célula um tubo de aço inoxidável no qual a lã de aço era enrolado fazia as vezes de catodo, e era envolvido por um cilindro plástico, com o intuito de evitar curtos-circuitos com o anodo. Por sua vez, o anodo era constituído de uma malha de aço inoxidável que envolvia o catodo e o cilindro plástico.
Apesar de ter obtido sucesso quando desenvolvida, a célula de Zadra apresenta algumas falhas, como, por exemplo, o fluxo do eletrólito através do catodo poroso não era uniforme, resultando em uma deposição desigual e em desperdício da área catódica, além disso, o espaçamento entre o catodo e o anodo era exagerado, resultando em alta tensão e consequentemente alto consumo de energia, e ainda, o volume da célula não era totalmente utilizados.
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Figura 2 Célula de Zadra para eletrorrecuperação de ouro, modificada para favorecer o transporte de massa.
Assim sendo, vários projetos de aperfeiçoamento