Eletroerosão
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Usinagem por eletroerosão S
uponha que um amigo seu, que vai patrocinar uma importante competição esportiva, esteja encarregado de providenciar um grande número de medalhas.
O problema é que seu amigo não sabe qual é o melhor processo para confeccionar essas medalhas e está pedindo a sua ajuda.
Na sua opinião, qual dos processos de usinagem que você conhece é o mais adequado para essa finalidade?
Uma coisa é certa: seria muito trabalhoso e caro entalhar essas medalhas uma a uma. Na verdade, a produção ficaria mais viável com a utilização de um molde, obtido a partir de um processo denominado eletroerosão eletroerosão. A eletroerosão baseia-se na destruição de partículas metálicas por meio de descargas elétricas.
Data de meados do século XVIII a descrição de um processo para obtenção de pó metálico mediante descargas elétricas.
Mas este processo só passou a ser utilizado industrialmente há cerca de sessenta anos, para a recuperação de peças com ferramentas quebradas em seu interior (machos, brocas, alargadores).
Durante a Segunda Guerra Mundial, a necessidade de acelerar a produção industrial e a escassez de mão-de-obra impulsionaram a pesquisa de novas tecnologias, visando tornar possível o aumento da produção, com um mínimo de desperdício. Esse esforço marcou o início, entre outras realizações, da era da eletroerosão.
Estudando os assuntos desta aula, você conhecerá as aplicações da eletroerosão na indústria, os princípios deste processo e ficará sabendo como são confeccionados os eletrodos usados nas máquinas de eletroerosão.
A explosão da eletroerosão
Este é um dos processos não tradicionais de usinagem que vêm ganhando espaço ultimamente. Várias razões explicam esse crescimento.
Pense, por exemplo, nos novos materiais que têm surgido, como os carbonetos metálicos, as superligas e as cerâmicas. Trata-se, geralmente, de materiais muito duros. Você já imaginou a dificuldade que seria usiná-los