Elasticidade do país
Segundo Charles Darwin a sobrevivência ou a extinção de cada organismo não é determinado pelo mais forte ou mais rápido, mas pela habilidade em se adaptar ao ambiente. E para se adaptar no contexto de país grande é preciso obter posições privilegiadas. O objetivo das organizações é a continuidade. Para isso precisa-se de cidadãos grandes, para tornar o país grande.
Nessas últimas décadas o Brasil evoluiu e adquiriu estabilidade financeira desejada, melhorou em diversos aspectos sociais e ainda trouxe vantagens no quesito democracia. Esse avanço, porém, não é suficiente para superar os problemas do país. É fato que milhões de pessoas saíram da condição de pobreza, mas ainda existem muitos pobres, a desigualdade social é grande. A nossa sociedade infelizmente não é sustentável. Crescer não é o mesmo que ser grande, certo Cristovam Buarque?
A idéia de grandeza não se refere ao tamanho quando se trata do país, mas refere-se a grandeza de idéias e projetos, seguidos de conquistas e realizações. Todos os fatos têm uma ordem de acontecimento. O país está no caminho certo, pois segue essa linha. Primeiro crescer, depois ficar grande. Os alicerces estão sendo preparados, contudo, ora o país demonstra grande progresso, ora demonstra regresso.
É difícil conviver com esta elasticidade: o país se agiganta e se encolhe aos nossos olhos. O julgamento não é feito através de metros e quilômetros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. O maior desafio é acelerar processos, unir forças e demonstrar o desejo. Dessa forma poder exigir o direito de um país gigante e