Eja Educaçao de Jovens e Adultos
Como diretora de um curso superior, que se propõe a participar do programa de
Alfabetização Solidária, percebi a importância do movimento como uma possibilidade de construção e resgate da cidadania por uma parcela da população que não teve acesso à escola no momento devido da infância. Essa participação tornou-se o eixo norteador do estágio da faculdade, oportunizando também a população local a oportunidade de ler e escrever e a participação de acadêmicos no projeto. O estudo de sua proposta gera reflexões sobre seus pensamentos e afirmações, em um movimento espiralado que leva ao repensar, tendo como ponto de partida a vida humana individual, dentro de uma comunidade, de uma cultura, em convivência com o outro. Fica perceptível que todos que tiveram e têm conhecimento de seus propósitos, refletem sobre os seus, assumindo uma postura menos ingênua e mais consciente diante da educação de jovens e adultos. Acredito que professores e professoras precisam conhecer suas propostas, ao mesmo tempo em que precisam combater o modelo de escola excludente e discriminatória que ainda temos. A proposta deste estudo, então, é refletir sobre Paulo Freire como professor/criador de um método para a educação de jovens e adultos e como ser humano solidário ao outro, refletindo sobre sua postura ética, analisando a coerência da sua teoria com sua práxis; verificando, principalmente, sua preocupação com a vida dos mais massacrados pelo sistema, aqueles que sofrem injustiças, exclusões, discriminações, dominações – os oprimidos, utilizando suas palavras, aqueles que não têm, ou não tiveram, acesso à escola no momento devido. A vida humana concreta de cada um, considerada em seus três princípios: produção da vida, direito à reprodução e desenvolvimento da vida do sujeito ético dentro do seu meio social, a partir de um movimento reflexivo anti-hegemônico, que leva