Egocentrismo infantil

Egocentrismo Infantil "O egocentrismo é uma das principais características da infância, ela não tem outra opção, é natural de seu desenvolvimento. Nessa fase em que os pequenos ainda não desenvolveram a habilidade de compartilhar, é importante mediar situações de conflito e cuidar para não classificá-los como egoístas".
Piaget concebia o período pré-operacional como uma etapa de preparação para o desenvolvimento das operações concretas. O pensamento pré-operatório se define, segundo Piaget, pelo primeiro dos pólos (aparência perceptiva, centração, etc.). Piaget deu grande importância ao fenômeno da centração, analisando-o em outras tarefas muito diferentes. Ele utiliza o termo egocentrismo para se referir a um pensamento realista centrado no ponto de vista da criança. Ela não conhece outras perspectivas diferentes das suas e acredita que todo mundo percebe, sente e pensa da mesma maneira. Piaget percebe que até os seis ou sete anos, as crianças são incapazes de adotar um ponto de vista espacial que não seja o seu. O egocentrismo também se manifesta nas entrevistas clinicas em que Piaget interrogava as crianças sobre as relações causa-efeito que estabelecem entre fenômenos naturais do mundo físico. Por meio de suas respostas, Piaget observou nas crianças um pensamento animista baseado na crença de que os objetos inanimados estão vivos e dotados de intenções, de desejos, de sentimentos e de pensamentos. Piaget descreveu outras manifestações muito interessantes do egocentrismo, a partir de um corpus muito rico de verbalizações e explicações infantis sobre os fenômenos naturais, como o fenomenismo (estabelecer um laço causal entre fenômenos que ocorrem próximos: pensar que a vontade de dormir basta para que a noite chegue), o finalismo (pensar que deve haver uma causa para tudo: “As nuvens se deslocam para que chova em outros lugares”) e o artificialismo (acreditar que as coisas foram construídas de modo artificial pelo homem ou por um Ser Supremo: “As