Egito, terra santa
Naquela época ocorreu uma expansão do poder de povos muçulmanos sobre várias regiões, entre elas, o Egito. Esses povos (os turcos otomanos aderidos ao islamismo) se apossaram da Terra Santa (Jerusalém) e proibiram os cristãos de frequentar aquela terra, além de que a expansão islâmica representava uma ameaça para a cristandade.
Além disso, em muito interessava que o Egito fosse liberto do domínio dos turcos otomanos, já que ele (o Egito) mantinha grandes relações comerciais com Veneza. Sem contar que o Egito era o mais rico e paradoxalmente o menos protegido dos Estados de posse muçulmana.
Para atacar o Egito era necessário o acesso marítimo e apenas a cidade de Veneza podia fornecer uma esquadra capaz de transportar o exército de cruzados e seus suprimentos. Os venezianos concordaram em alugar seus navios, mas exigiram uma importante mudança de rumos.
Já não seria o Egito o primeiro objetivo, mas Constantinopla. Isso aconteceu porque o príncipe Aleixo, herdeiro do trono bizantino, propôs um vantajoso negócio ao governante de Veneza: os cruzados o ajudariam a recuperar o trono que havia perdido nas disputas da família real e os mercadores de Veneza receberiam em troca o monopólio do comércio de Constantinopla, que era o mais importante centro comercial da época. Além disso, os cruzados teriam pagas as despesas de transporte até o Egito.
A Quarta Cruzada (1202-1204) foi denominada também de Cruzada Comercial, por ter sido desviada de seu intuito original pelo doge (duque) Dândolo, de Veneza, que levou os cristãos a saquear Zara (atual Zadar, na Croácia) e Constantinopla, onde foi fundado o Império Latino, fazendo com que o abismo entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa se estabelecesse definitivamente. A quarta cruzada desviou-se tanto dos propósitos originais de libertar Jerusalém dos turcos otomanos que questiona-se se foi verdadeiramente uma cruzada
A pregação e o