Efeitos genéticos das radiações ionizantes
O dano mais importante é o que ocorre no DNA. Por ser responsável pela codificação da estrutura molecular de todas as enzimas das células, o DNA passa a ser a molécula chave no processo de estabelecimento de danos biológicos. Ao sofrer ação direta das radiações ou indireta, a molécula de DNA expõe basicamente dois tipos de danos: mutações gênicas e quebras.
As mutações gênicas são as alterações introduzidas na molécula de DNA que resultam na perda ou na transformação de informações codificadas na forma de genes e as quebras correspondem à perda da integridade física do material genético, ou seja, a quebra da molécula. E com a mensagem codificada alterada pelas radiações, pode haver resultantes de diversos efeitos, ou não haver resultante nenhum.
Em decorrência da diferenciação celular, apenas uma parcela das moléculas de DNA codificam genes ativos em um tipo particular de célula. Por isso, no caso de exposição às radiações, a probabilidade de que genes funcionais tenham sua estrutura alterada é relativamente pequena.
As células com mutações em genes funcionais podem apresentar alterações metabólicas de maior ou menor importância, dependendo principalmente do estágio do desenvolvimento no qual o organismo se encontra no momento da exposição.
As mutações em uma célula-ovo podem inviabilizar seu desenvolvimento; na fase embrionária, podem resultar em má formação de tecidos, órgãos e membros e em um adulto, mutações podem ser acumuladas em tecidos ou órgãos sem prejuízo significativo para o