efeitos fisiologicos da atividade fisica
Atualmente, sabe-se que importantes efeitos benéficos do exercício sobre fatores de risco cardiovascular (pressão arterial, perfil lipídico, glicemia, entre outros) são também resultantes dos efeitos recentes obtidos após uma única sessão de exercício, além daqueles dependentes das adaptações crônicas ao treinamento (Thompson et al., 2001). Dentro desta perspectiva, pode-se postular que algumas alterações fisiológicas observadas ao longo de semanas de treinamento representem, ao invés, ou, além das adaptações crônicas ao treinamento, a simples somação temporal dos efeitos que surgem após uma única sessão de exercício, o que enfatizaria a importância da regularidade da atividade física sobre a manutenção crônica de seus benefícios (Nóbrega, 2005). Sendo assim, pode-se dizer que as respostas subagudas ao exercício, ou seja, aquelas que surgem após uma única sessão de treinamento, constituem importantes mediadores fisiológicos dos benefícios gerados pela atividade física.
A hipotensão pós-exercício, que define-se como a redução na pressão sistólica e/ou diastólica para níveis inferiores aos basais ocorrida após uma única sessão de atividade física, consiste em um efeito subagudo relativamente bem documentado, sendo descrita, principalmente, como uma resposta ao exercício contínuo de intensidade moderada (Kenny & Seals, 1993). Sabe-se que a redução da sensibilidade barorreflexa* (SBR), associa-se ao aumento no risco cardiovascular (La Rovere et al., 1988). Aumentos na SBR por até 24 horas foram