Educação e tecnologias
Rejane Gandini Fialho1
Hiran Pinel2
Marcelo Loureiro Reis3
A relação homem/tecnologias tem proporcionado diferentes linguagens que alteram as formas de interagir com a informação. Analisando as transformações no processo de formação humana, este artigo apresenta possíveis tecituras nos encontros que têm as redes sociais como mediadoras e suas relações com a formação do que há de humano nesses modos de comunicação caracterizados pela imediaticidade em suas marcas de espaçostempos diversos presentes no cotidiano escolar. Nosso olhar se faz a partir das relações de aforismos em Minima Moralia (Adorno/1951), do Homem Unidimensional (Marcuse/1969) e dos espaçostempos e temporalidades que se fazem presentes no cotidiano de professoresleitoresnavegadoresalunos, conforme percebido em trabalho de campo quando foram entrevistados 58 profissionais que atuam em sala de aula. Tomamos a formação do homem por meio de uma subjetividade que se faz na interação com a percepção do outro e de si mesmo - como tão bem nos coloca a experiência a partir das tecnologias. Nossa reflexão traz ainda características que compõem a sociedade unidimensional proposta por Marcuse, confrontando-as com a sociedade atual, marcando as proposições para a formação humana, bem como as formas de ruptura e controle que hoje ressignificam os conceitos de interação, leituras, currículo e aprendizagem. O trabalho reflete uma inquietude que já enxerga nas proposições de rede uma alternativa para a escola relacionar-se com esse homem (i)mediatizado pela comunicação.
As tecnologias proporcionam uma intersecção de espaços sociais no qual coexistem diversas formas de abordagens rumo à aprendizagem. A escola, como rico espaço de interculturalidade crítica e criativa – conforme afirma Regina Leite Garcia (2006, p.45), tem interagido com as exigências de um espaço social que reduz/distorce o conceito de comunicação ao mesmo tempo