Educação e novas tecnologias
Shirley Gonçalves de Oliveira
No Brasil, apenas 30% dos municípios dispõem de Ensino Superior. Sobram nada menos que 3.941 cidades onde não há faculdades ou universidades. Além disso, a maior parte das 2.300 IES (Instituições de Ensino Superior) está situada apenas nas grandes capitais e no litoral. Entre a população com 18 a 24 anos, só 10,9% estão matriculados no Ensino Superior. Nesse contexto, surge a UAB (Universidade Aberta do Brasil), como uma das alternativas para a expansão da Educação Universitária e da consolidação do ensino a distância no País.
O Brasil aponta não só estatísticas, mas justificativas para investirmos em educação à distância. O governo sinaliza que está disposto a investir no setor para melhorar os números da Educação Superior Brasileira. Além disso, as universidades estão integradas em prol deste objetivo que é trazer mais brasileiros para o 3º grau.
A EAD é a modalidade de ensino que permite que o aprendiz não esteja fisicamente presente em um ambiente formal de ensino-aprendizagem, assim como também permite que o aluno estude autonomamente e em horários distintos. Diz respeito também à separação cronológica ou espacial entre professor e aprendiz.
A educação a distância foi utilizada inicialmente como recurso para superação de deficiências educacionais, para a qualificação profissional e aperfeiçoamento ou atualização de conhecimentos. Hoje, cada vez mais foi também usada em programas que complementam outras formas tradicionais, face a face, de interação, e é vista por muitos como uma modalidade de ensino alternativo que pode complementar parte do sistema regular de ensino presencial. Por exemplo, a UAB oferece somente cursos a distância, sejam cursos regulares ou profissionalizantes.
A EAD caracteriza-se pelo estabelecimento de uma comunicação de múltiplas vias, suas possibilidades ampliaram-se em meio às mudanças tecnológicas como uma modalidade alternativa para superar limites de tempo e