Educação: um desafio para o idh
Geronimo Grando
Rejane Inês Kieling
O Brasil, como é de conhecimento da parcela da população que tem acesso a informação e a pode interpretar, ocupa o 84º lugar no índice de Desenvolvimento Humano, atrás dos países vizinhos, como Argentina, Chile, Equador, Peru, Uruguai. Um dos itens que compõem o índice é a escolaridade. No ano de 2008 a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE pesquisou um grupo de 36 países para conhecer o percentual de graduados no ensino superior da população na faixa etária de 25 a 64 anos, concluindo que 11% da população dessa faixa está incluída nesse grupo. O Chile apresenta 24% de graduados isto representa mais eu o dobro do percentual brasileiro. O Plano Nacional de Educação estabelece como meta chegar a 33% da população brasileira entre 18 e 24 anos matriculados no ensino superior até o ano de 2020. No ano de 2011 cerca de 17% dessa população estava matriculada em curso superior. Estamos em meio a mais uma greve das Universidades Federais que já dura mais de dois meses. As partes, governo, professores e funcionários das universidades estão em conversações, aparentemente próximos de um acordo quando às reivindicações dos grevistas, porém, o dano já foi consumado. Os estudantes, melhor, a juventude brasileira perdeu dois meses de aulas, isto é um dano irreparável. Assim que terminar a greve haverá o famigerado “programa de recuperação de aulas”. Historicamente é um arranjo para completar a carga horária do semestre que, segundo normas do MEC deve ser de cem dias letivos e cada dia conter quatro horas-aula. É de praxe colocar “atividade extraclasse” para complementar a carga horária. Isto é feito através de trabalhos domiciliares e outras formas, digamos, um tanto criativas para atingir ao objetivo de completar a carga horária. O acadêmico privado de dois meses de aulas simplesmente perdeu dois meses de sua vida acadêmica, isto