Educação - supervisão
Carlos Gonçalves
“Para se ser um agente, tem de se estar em algum sítio. Este sentido básico e integrador de lugar vieram fragmentar-se em partes complexas, contraditórias e desconcertantes. O espaço está a tornar-se muito integrado, mas territorialmente fragmentado. Os lugares são específicos e únicos, mas em muitos sentidos parecem genéricos e semelhantes. Os lugares parecem estar “lá fora” e, no entanto, são obra humana… a nossa sociedade armazena informações sobre lugares, porém nós temos pouco sentido de lugar. E as paisagens que resultam dos processos modernos parecem ser pastiches, desconcertantes, inautênticas e justapostas.” Guiddens Anthony. Transformações da intimidade; p. 8
Perspectivando o lugar da conferência, a Escola e a moldura humana (certamente todos membros fundadores ou filiados de uma família), os pressupostos teóricos inerentes à mesma, ou seja a relação Escola-Família, um processo marcado por sucessivas aproximações e conflitualidade. Problemático no contexto português, de onde emerge uma persistente desconfiança de base. Vivemos numa sociedade marcada pela desconfiança.
Sendo dois contextos privilegiados de formação das gerações vindouras, importa criar a acção de aproximação reciproca, no sentido de ultrapassar a desconfiança de base, favorecendo consolidar das duas estruturas fundamentais do desenvolvimento humano.
Estamos no meio de uma revolução da forma como pensamos sobre nós próprios e sobre a maneira em como estabelecemos laços e ligações com os outros. Avança em velocidade desigual mas, de forma generalizada por todo o mundo.
A contemporaneidade acarretou transformações acentuadas na instituição Família, esta constitui-se como unidade económica. Os contextos familiares tradicionais constituíram-se nos contextos modernos onde formas de organização, regulação e relação alteraram as tradicionais manifestações familiares, tanto nos processos de auto como de hétero interacção.