Educação sexual nas escolas
Historicamente, a sexualidade está marcada por preconceitos e crendices, avanços e recuos. Quando este é o tema em questão, adentramos num universo de questionamentos ainda não desvendados. Talvez pela singularidade de cada ser, desejos e sentimentos ainda não revelados são escondidos a sete chaves na intimidade de cada um, porém podemos diagnosticar certas situações inerentes à sexualidade no ambiente escolar e fora dele. Com isso, devemos entender que sexualidade é uma parte integrante da nossa personalidade que se desenvolve ao longo de nossa vida.
A sexualidade é uma fonte de comunicação e de prazer, uma forma de expressar a afetividade, uma maneira de cada pessoa descobrir a si mesmo e à outra, podendo se manifestar de inúmeras formas.
Podendo agregar vivências subjetivas, relacionadas ao corpo e ao prazer de viver, influenciadas pela organização político-econômica e pela cultura, é continuamente elaborada e reconstruída, relacionando-se ao processo contínuo de autoconhecimento, aproximação e estabelecimento de relações entre as pessoas.
Na antigüidade e na Idade Média, as crianças européias falavam abertamente de sexo. A partir do século XVI, os europeus passaram a redefinir a criança como um ser inocente, o que perdurou até hoje, e com o temor da proliferação desenfreada da sexualidade, os dirigentes religiosos passaram a ligar o sexo a algo "sujo" e "mau".
Antigamente, os valores mudavam muito lentamente, mas, a partir do surgimento dos meios de comunicação, o processo de mudança de concepções e quebra de tabus ficou bastante acelerado. Os pais, em meio a tantas mudanças, ficaram desorientados, visto que, no seu tempo, como dizem, não havia tanta liberdade e a educação era mais rígida e tradicional.
Atualmente, existe mais facilidade de se conversar sobre sexo, um assunto que faz parte do cotidiano de todos, seja entre adultos ou entre jovens. A agravante é que as crianças não