Educação profissionalizante
Essa grande jornada teve início em 23 de setembro de 1909, quando o presidente Nilo Peçanha assinou o Decreto nº 7.566, criando dezenove "Escolas de Aprendizes Artífices" destinado ao ensino profissional primário e gratuito para os "desafortunados". As escolas têm importante papel na história da educação profissional brasileira e foram os embriões da organização do ensino profissional técnico. Durante as décadas de 1920 e 1930, grupos de educadores promoveram pólos irradiadores da renovação da educação brasileira, em que foram postas em prática novas concepções de profissionais. Em 1937, foi outorgada a Constituição que previa o ensino técnico, profissional e industrial; e a lei que transformou o nome de "Escolas de Aprendizes Artífices" para "Liceus Industriais" foi assinada. Essa mudança ocorreu pela própria necessidade de mudança dado o desenvolvimento industrial que o então presidente, Getúlio Vargas, almejava. Seguindo essa cadeia de mudanças, nasceu a "Reforma Capanema", uma série de leis que modificou o sistema de ensino no país. O ensino profissional passou a ser considerado de nível médio, o ingresso nas escolas industriais passou a depender de exames de admissão e os cursos foram divididos em dois níveis: o curso básico industrial, artesanal, de aprendizagem e de mestria; e o curso técnico industrial. Em 1942, os antigos Liceus passaram a ser Escolas Industriais e Técnicas (EIT) e ofereciam a formação profissional em nível equivalente ao secundário. Em 1959, as EITs foram denominadas Escolas Técnicas Federais e tornaram-se autarquias com autonomia didática e de gestão. Com as mudanças, a idéia de que esse tipo de ensino era destinado aos elementos das mais baixas categorias sociais começou a mudar, pois o ensino profissional foi equiparado ao ensino acadêmico, com a promulgação da Lei nº 4.024/61, que fixava as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. No ano de