Educação Profissional nos Espaços Não Formais

Especialização em Educação Profissional Técnica e Integrada ao Ensino Médio
Maria Amélia França / IFES – Nova Venécia

A Educação profissional nos espaços não formais de ensino
A tentativa de entender o comportamento de alguns jovens que tenho observado ao longo da minha caminhada de professora/educadora leva-me a refletir sobre a educação dada na escola , a educação formal , e a educação que o indivíduo adquire fora dela , a não formal. Muitos dos jovens observados foram alunos que não se adaptaram à escola , eram os “ rebeldes”, os que ficavam sempre reprovados , não se importavam com o que lhes era ensinado e acabaram por abandonar a escola sem sequer concluir e ensino básico. No entanto, na vida profissional são excelentes. Esses jovens fazem parte de um grupo que é “na vida 10 na escola zero” . Para eles o conhecimento adquirido “na vida” , através de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivas cotidiana, foi muito mais significativo que o conhecimento escolar.
A educação não-formal, segundo Maria da Glória Gom , pesquisadora l do CNPq , designa um processo com várias dimensões tais como: a aprendizagem política dos direitos dos indivíduos enquanto cidadãos ; a capacitação deste para o trabalho, por meio da aprendizagem de habilidades e ou desenvolvimento de potencialidades; a aprendizagem e exercício de práticas que os capacitam a se organizarem com objetivos comunitários, voltados para a solução de problemas coletivos cotidianos ; a aprendizagem de conteúdos que lhes possibilitem fazerem uma leitura de mundo do ponto de vista de compreensão do que se passa ao seu redor; etc.
Na educação não-formal o grande educador é o próximo , aquele com quem nos relacionamos no cotidiano ,são a família , os amigos , os visinhos , os colegas de escola, da igreja , os meios de comunicação de massa, etc. Os espaços onde se processa a educação é o meio em que o indivíduo vive e convive. São os espaços construídos coletivamente ,