Educação popular e seus fundamentos
Segundo o grande educaddor Paulo Freire, popular, defini-se como sinônimo de oprimido, ou seja, aquele que vive sem as condições necessárias para exercer sua cidadania apartir desse conceito, podemos constatar que a Educação Popular pode ser vista como uma teoria de conhecimento referenciada na realidade, com metodologias incentivadoras à participação das pessoas de uma forma política estimuladora de transformações sociais e orientado por anseios de liberdade, justiça, igualdade e felicidade.
“Um saber da comunidade torna-se o saber das frações (classes, grupos, povos, tribos) subalternas da sociedade desigual. Em um primeiro longínquo sentido, as formas – imersas ou não em outras práticas sociais, através das quais o saber das classes populares ou das comunidades sem classes é transferido entre grupos ou pessoas, são a sua educação popular.” (BRANDÃO, 1986, p. 26)
Essa grande separação entre o conhecimento dito erudito e o dito popular leva à marginalização dos oprimidos, das classes subalternas da sociedade desigual. É para contrariar isso que surge a Educação Popular. A Educação Popular é uma educação comprometida e participativa orientada pela perspectiva de realização de todos os direitos do povo. Sua principal característica é utilizar o saber da comunidade como matéria prima para o ensino. É aprender a partir do conhecimento do sujeito e ensinar a partir de palavras e temas geradores do cotidiano dele. O processo-ensino-aprendizagem é visto como ato de conhecimento e transformação social, sendo pautada na perspectiva politica. É diferente da Educação Tradicional porque não é uma educação imposta, já que se baseia no saber da comunidade e incentiva o diálogo; e é diferente de uma Educação Informal porque possui uma relação horizontal entre educador e educando. A Educação Popular visa a formação de sujeitos com conhecimento e consciência cidadã e a organização do trabalho político para afirmação do sujeito.
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